segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Contar ou não contar?...eis a questão

Olá a todos.....ando meio sumido ultimamente e explico porque. Total falta de novidades sobre meu processo, como já era de se esperar de alguém que teve o dossiê aberto há apenas dois meses.

Bem, vamos direto ao ponto, o motivo do post....Já há algum tempo que estava pensando em falar para meus pais sobre meus planos de imigrar. Não tinha contado ainda pois achava que eles ficariam super ansiosos com todo esse processo e de ansioso aqui já basta eu. Confesso também que tinha certo receio da maneira que eles veriam minha partida. Já tenho minha vida, moro sozinho e não dependo deles já faz tempo, mas não queria que eles pensassem que eu estivesse querendo abandonar o barco, me afastar deles ou qualquer outro motivo, que não seja o que eu realmente sinto sobre imigração, que é ter uma vida melhor, num lugar melhor, criar filhos em um lugar mais seguro, justo, com oportunidades...etc. Queria que eles entendessem os motivos e apoiassem, mesmo que a distância nos afaste um pouco. Óbvio que uma hora eu teria que falar mas estava esperando a hora certa. Esperava dar a notícia assim que estivesse com o CSQ mas até lá ainda tem chão. Na verdade tive várias oportunidades de falar mas achava que naquela hora a notícia não seria bem recebida.

Mas ontem foi diferente. A tv estava ligada e passava um programa (não sei qual pois detesto tv) que comparava o brasil com os Estados Unidos (preços, educação, etc.) e foi ai que entrei e parei pra assistir....

Nesta hora que eles (meus pais) começaram a descer a lenha no brasil a cada comparação. Para minha surpresa, quando no final da reportagem, minha mãe olha pra mim e fala assim: Então Diogo....o que você está fazendo aqui no brasil ainda? Já está na hora de você ir para os Estados Unidos......(e continuaram a malhar o brasil).

Foi então que..... 'pliiiiiin'. Pensei..."´É agora". Deixei a reportagem terminar e falei meus planos....tudo. Surpresa minha que eles deram todo o apoio e acharam super legal. Fizeram mil perguntas e óbvio, não deixaram de dar conselhos pra eu tomar cuidado com isso e aquilo,...desde cuidado para atravessar a rua até não falar com estranhos kkkkk. Enfim pais são pais.

Sou muito próximo dos meus pais, são meus super amigões e por isso fiquei tão contente por eles terem recebido a notícia numa boa, sem estresse e principalmente dando total apoio. Sinceramente não esperava uma reação tão positiva. Talvez eles não tenham ficado tão surpresos assim porque de uma certa forma eu sempre demonstrei (desde adolescente eu já falava nisso) que gostaria de um dia morar fora. Talvez eles no fundo já soubessem que um dia isso iria de fato acontecer.

Enfim foi uma experiência boa compartilhar meus sonhos e ansiedades com eles . Na falta de uma pessoa para participar dos mesmos planos, faz falta ter alguém que te dê apoio e para dividir as novidades e ansiedades.

Meu plano é mesmo não fazer propaganda deste projeto para amigos ou parentes, então meus pais saberem e apoiarem já está ótimo pra mim.

Bom, vou ficando por aqui...o dever me chama. Preciso salvar o planeta agora.

Até a próxima novidade.
Abraços

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Prioridade de atendimento de dossiês

Olá pessoal.

Como meu dossiê foi aberto alguns dias atrás fiquei curioso de fazer algumas perguntas para o pessoal do BIQ. Aproveitei então que ontem aconteceu uma daquelas palestras virtuais e me juntei ao grupo pra dormir ouvir enquanto a Perla falava como o Quebec é maravilhoso. Fiz quatro perguntas mas ela respondeu somente uma. A última pergunta que ela leu foi uma das minhas. Mas além disso ela também respondeu durante a sessão uma dúvida que sempre tive. Não era bem uma dúvida, por que em algum blog/site que visitei, vi essa informação como sendo a correta porém queria saber o "por que".

Enfim, uma informação legal que ela respondeu e que não consta da documentação oficial, mas estava na apresentação que ela compartilha era que é "bom", "legal", "interessante", mas não "obrigatório" que o candidato ao CSQ envie junto do dossiê um CV. Isso mesmo, um currículo. Segundo ela, o currículo seria uma forma também de avaliar o seu perfil profissional. Ela não deu detalhes de como este CV deve ser montado, portanto na dúvida talvez em alguns casos seja melhor deixar pra lá e enviar somente os documentos oficiais. Mas acho que principalmente aqueles que tem um currículo e histórico profissional de peso, não têm a oportunidade de mostrar todo o seu potencial somente utilizando os formulários. Daí um CV é um pouco mais aberto a dar detalhes profissionais importantes que podem passar batido no formulário. De novo, o CV é "OPCIONAL" e obviamente não conta ponto algum, mas pode ajudar a mostrar o quanto seu perfil profissional é bom. Eu não enviei, mas se soubesse disso antes teria pensado no caso.

Bom. A minha maior dúvida foi respondida durante a sessão. De novo, não sei onde li isto, só sei que foi em álbum blog. Minha dúvida era com respeito aos pontos dados segundo a área de formação. Segundo "dizem", aqueles cuja profissão atribui mais pontos (16 pontos) no dossiê teriam vantagem em relação a outros que têm menos pontos neste requisito. Por exemplo, o dossiê de um contador chegou ao BIQ numa segunda-feira e o de um enfermeiro chegou na terça-feira. Segundo "dizem" o enfermeiro poderia ser atendido antes devido sua profissão atribuir 16 pontos e o contador seria passado pra trás por que contadores fazem, sei lá, 6 pontos (acho que é 6). Segundo a Perla isto não existe. Dossiês são avaliados segundo a ordem de chegada e não segundo pontos atribuídos na área de formação. Essa é a regra e ponto final. A única coisa que te faz passar na frente dos outros é se você tem uma proposta de trabalho válida e aprovada pelo governo. Os únicos dossiês que são passados para o fim da fila assim que chegam são aqueles que atribuem 0 (ZERO) pontos para o requerente principal.

Achei importante registrar isso. E claro nada mais justo que seguir o princípio de uma fila... FIFO.

Talvez isso tudo que falei acima seja informação batida para muitos, mas assim com tive dúvida, pode ser que alguém também se pergunte esta coisas.

Abraço a todos e bonne chance!!!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Ouverture de votre dossier

Ahhhhh que vontade de contar pra todo mundo essa grande novidade!!!!! Mas tenho que me conter e no máximo contar aqui no blog.

Imensamente feliz por mais um passo dado rumo ao Canadá. Foram exatos 31 dias de ansiedade desde que meu dossiê, enviado via Fedex, chegou ao México. 31 dias verificando meu inbox cada vez que um e-mail chegava e para minha decepção era mais um spam.

Graças a Deus tudo deu certo, inclusive com o cartão de crédito, que para minha surpresa há apenas alguns dias atrás a operadora me informou através de meu banco que "estaria cancelando" (kkk) meu acesso a gastos em moeda estrangeira. Liguei lá mais furioso que um cão raivoso, já que alguns dias antes disso eu havia ligado para eles e fiz questão de conversar com um supervisor, para que ele garantisse que estava tudo habilitado e que eu não teria problemas com o BIQ. Agora é esperar a facada na fatura do cartão.

Já estava ficando paranoico de tanto olhar aquela tabela "Nombre maximal de demande", pois eu tinha muito medo de não conseguir entrar na cota dos 6500. Embora meu dossiê estivesse lá desde 13 de junho não tinha como ter certeza quando eles iriam abri-lo, mesmo porque estamos na reta final. Desde que a contagem de 1 de abril começou fiz umas continha (adoro fazer continhas e projeções, alias adoro estatística) e vi que em média devia chegar uns 50 dossiês por dia lá. Já nesta ultima atualização para 4463 no começo de julho a média esta para mais ou menos 65 por dia. Foi um salto grande. Lembrando que é uma estimativa de dados passados, ou seja, como agora é reta final pode ser muito mais do que isso. Ou não....

Enfim, o tão sonhado processo provincial começou para mim. Agora é só alegria. Quanto à longa espera que se inicia estou bem tranquilo. Afinal tudo tem o seu tempo e eu também preciso de tempo para pôr as coisas em ordem, guardar $$$, melhorar meu Francês e tocar outros projetos de vida neste momento (aliás vários). Assim, como todos escrevem nos blogs... "a vida não pode parar por causa do BIQ".

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Timeline

O que seria de um blog sobre imigração sem um timeline, não é? Se bem que meu timeline cobre quase duas décadas. E outra coisa, desde sempre tive vontade de morar fora, portanto considero que esse timeline deva começar lá nos primórdios 1994 quando dei o ponta pé inicial, aprendendo Inglês


Era pré-imigração
~1994 - Início das aulas de Inglês
~1997 - Início dos estudos de Francês (self learning)
~2000 - 2010 - longo período de estudos e pausas no Francês, mas sempre dava uma espiada nos livros
2004 - 2009 - Início e fim da graduação
2010 - 2013 - longo período de hibernação
Fim da era pré-imigração


Início era imigrozóica
jul/2013 - início das pesquisas sobre imigração (inicialmente Austrália).
ago/2013 - feedback consultoria Bravo - planos frustrados para Austrália
out/2013 - início pesquisas imigração para Canadá
out/2013 - feedback consultoria de imigração Canadá. não acreditei nas coisas que ouvi, mas enfim...
nov/2013 - pesquisas requisitos para Quebec
dez/2013 - inscrição IELTS e TCFQ
dez/2013 - fev/2013 - preparação para as provas
fev/2014 - aplicação IELTS e TCFQ
mar/2014 - resultado IELTS (media 7)
mar/2014 - mai/2014 - aulas particulares de Francês
mai/2014 - TCFQ novamente - B2/B2/B2/B2 UHUUUUUUU!!!
10/jun/2014 - envio do dossiê
13/jun/2014 - dossiê chega ao BIQ
15/jul/2014 - abertura do dossiê
18/mar/2015 - intention de rejeter
16/abr/2015 - envio dos documents supplementaires
20/abr/2015 - docs recebidos no BIQ
12/mai/2015 - email e confirmação da emissão do CSQ





sexta-feira, 27 de junho de 2014

TCFQ e IELTS

No segundo post e acho que já estou viciado em escrever kkk


Lendo um post hoje lembrei de um imprevisto que aconteceu comigo no tempo que estava preparando meu dossiê. Foi uma coisa que com certeza me atrasou alguns meses para eu enviá-lo.


Como decidi pela imigração para Quebec no fim do ano passado, foi nesta época mesmo que já comecei a preparar minha documentação e a principal preocupação eram os testes de Francês e Inglês. Embora eu fale Inglês bem e o Francês razoável eu tinha sim medo de não obter os pontos necessários. Estava preocupado também por que não teria tempo para me preparar para as duas provas ao mesmo tempo, mas encarei o desafio e fiz a inscrição para as duas em fevereiro/14.


O IELTS foi em São Paulo e embora eu tenha bastante facilidade no Inglês a prova foi insana. Fiquei impressionado com o nível de dificuldade. Mas também quer o que? Chegar lá sem preparação nenhuma foi loucura. Mas no entanto fiquei surpreso com o resultado. Literalmente. Como sempre tive dificuldade para escrever meu maior medo era bombar na Writing, mas por inspiração divina eu milagrosamente tirei 7,5. Ufa. Nem acreditei. Para o Listening que eu cheguei todo confiante foi um balde de água fria. Embora eu entendesse tudo que era falado simplesmente não conseguia acompanhar o ritmo da prova. Sabia a resposta mas não conseguia encontra-la a tempo antes de começar a próxima questão. Resultado? 6,0. Essa foi um sufoco. Para o Speaking eu cheguei todo confiante e não tive problema, afinal falava Inglês o dia todo no meu antigo trabalho. Resultado 8,0. Mas a prova que eu mais achava que não teria problema foi o meu pior resultado. Tirei inacreditáveis 5,5 em Reading. Até agora estou revoltado com isso mas enfim. Garanti meus 5 pontos no dossiê.


Duas semanas depois fui fazer o TCFQ na Aliança Francesa de minha cidade. Não estudei muito para o IELTS por que queria me dedicar ao TCFQ,  afinal eu falo Francês mas nunca pratiquei muito e já tinha esquecido muita coisa além de nunca ter prestado esta prova. Pesquisei o formato da prova e achei bastante parecido com o TOEIC que fiz há muito tempo atrás. Então pensei que seria tranquilo. Fiz a inscrição nos quatro módulos pois queria garantir o máximo de pontos possíveis. Não foi a minha surpresa que quando cheguei na prova eles me dizem que ela só tinha dois módulos. Expressão oral e compreensão oral. Questionei sobre isso e afirmei que não e que havia algo errado, pois a partir de 2014 o TCFQ teria quatro e não mais somente dois módulos e além de tudo eu havia pago quatro módulos. Nem precisa dizer que isso já me tirou o chão não é? O drama começava ai, pois até então eu tinha tempo para enviar o dossiê antes de 1o de abril, quando as regras mudariam e agora com esse contratempo não conseguiria enviar todos os pontos que precisava. Bem, eu contava que tiraria B2 nas quatro provas, portanto teria que revisar minha estratégia para alcançar os pontos necessários. A prova foi péssima pois não consegui me concentrar. Só pensava em como eu conseguiria os pontos necessário ou que eu teria que atender a novas regras e isso talvez atrasasse o envio do meu dossiê. E somado à minha decepção e ansiedade e também à dificuldade da prova, ainda tinha o eco da sala que tornou a compreensão oral infinitamente difícil. Nem Português eu entenderia daquele jeito. Além do mais a prova não era tão fácil quanto eu pensava e meu Francês não estava tão bom quanto eu imaginava que era.


O erro deles foi que não sabiam que o teste havia mudado e simplesmente não fizeram a inscrição para todos os módulo, mesmo eu tendo pago por eles. Estrago feito, agora era aguardar a próxima inscrição e tentar de novo.


Dias depois meu resultado chegou. Fiquei muito triste em tirar B1 em expressão e compreensão oral. Eu sabia que não era B1. Tinha certeza que merecia um B2. Aliás foi B1 mas por míseros 13 pontinhos não alcancei B2 na expressão oral e por pouco também não tirei B2 no compreensão oral. Decidi pagar pra ver e então adiar o envio do dossiê para após a definição das novas regras em 1 de abril e enviar um B2, mas desta vez para os quatro módulos. Marquei a prova para Maio e então tinha 3 meses para estudar e me preparar. Decidi também ter aulas particulares com uma professora francesa aqui na cidade. Foi ótimo. Não vou dizer que aprendi muito com ela pois estudei Francês por muitos anos sozinho mas as aulas com ela resolveram muitas das minhas dúvidas e deram um gás na fluência, além de melhorar muito também minha compreensão oral, pois ela só falava em Francês comigo.


Maio chegou e lá fui eu fazer a prova novamente. Claro que a Aliança Francesa pagou a expressão oral e compreensão oral novamente para mim, afinal de contas o erro foi deles. Desta vez a prova não parecia tão difícil e outra vez milagrosamente por inspiração divina até as redações eu consegui fazer, e bem. Fiz no entanto somente o suficiente para conseguir o B2 na prova escrita. Na prova oral eu estava um pouco nervoso e não fui tão bem quanto poderia, mas muito melhor que da vez anterior. A  compreensão escrita foi a prova mais difícil com textos complexos e cheios de palavras que eu nunca tinha visto. A compreensão oral foi difícil mas resolvi o problema do eco sentando ao lado do radio e como eu já estava um pouco mais treinado devido as aulas com a professora, não tive grandes dificuldades em entender. O problema era escolher a resposta certa kkkk.


Resumo da ópera. B2 nos quatro módulos, eu pulando de alegria e 12 pontos garantidos no meu dossiê.


Concluindo, penso no que uma pessoa me falou vendo minha decepção devido ao erro na inscrição do TCFQ e a impossibilidade de enviar o dossiê antes de abril. As vezes uma coisa dá errado agora pra dar muito certo no futuro. O importante é não perder o foco. Concentrar nossas energias naquilo que podemos fazer para dar certo e não naquilo que deu errado.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Hello World

Olá a todos

Aqui estou eu pela zilhonézima vez tentando começar um blog. Desta vez para contar um pouco das aventuras e ansiedades de um futuro imigrante.

Desde quando comecei a pensar na possibilidade de imigrar para Quebec venho acompanhando vários blogs do assunto. Com certeza todos contribuíram de alguma forma. Até mais que uma consultora que conversei sobre imigração no começo das minhas pesquisas.

Espero de alguma forma também poder contribuir com essa comunidade de gente ansiosa e doida pra ir embora da terra das bananas. Tentei iniciar um blog antes mas confesso que não tenho facilidade pra escrever, mesmo tendo milhares de coisas pra falar. Sempre via que alguns utilizavam os blogs para de alguma forma aliviar o stress que esse processo de imigração causa, mas eu pensava que pra mim isso não serviria. Sempre fui bastante ansioso mas escrever nunca foi minha válvula de escape. Porém foi só eu enviar meu dossiê para o BIQ que pintou de novo essa vontade de criar um blog. Acho que é a ansiedade me devorando por dentro kkkk.

Difícil contar toda minha trajetória de vida até o momento que decidi imigrar, visto que tudo começou quando eu ainda era adolescente. Hoje tenho 34. Vou tentar resumir kkkk.

Comecei a aprender Inglês quando tinha 14 anos. Na época meu pai que pagava teve que deixar os olhos penhorados pois era muito caro um curso particular de Inglês. Só quem tinha uma condição razoável podia se dar ao luxo de estudar numa escola boa. Mas graças ao meu pai eu consegui fazer o curso. Aproveitei a oportunidade e mergulhei de cabeça no Inglês. Foi tão de "intenso" o meu estudo que eu não estudava quase nada além do Inglês. Estudei por dois anos no CNA da minha cidade. Foi quando pensei que eu estava muito além do nível de conhecimento da classe que decidi sair e estudar sozinho. Meu pai apoiou e viu que eu precisaria de material para estudo. Na época eu comprava TUDO, absolutamente TUDO que eu encontrava em Inglês nas bancas. Time, Newsweek, Economist e também a SpeakUp, muito famosa na época. Óbvio que meu nível de Inglês estava muito aquém do vocabulário destas revistas mas eu venci pela insistência. Resumindo, eu não fazia outra coisa além de estudar Inglês.
Mas  não citei ainda um pequeno detalhe. Meu sonho era na verdade estudar Alemão. Não sei por que, só sei que era. Mas como cursos de Alemão eram muito mais caros que os de Inglês, deixei o Alemão de lado e aprendi Inglês mesmo. Ainda bem!

Resumindo de novo, em uns três anos de estudo eu já falava Inglês bem e já lia praticamente tudo que eu tinha sem problemas. Foi ai que eu pensei: Se eu aprendi Inglês "quase" que sozinho, consigo o Alemão também!!! Pra quem tem + - minha idade deve se lembrar de uns cursos da editora globo para aprendizado de idiomas. Lá fui eu comprar o curso de Alemão, mas para minha surpresa o curso de Alemão não seria impresso naquele ano. Somente estava disponível o curso de Francês e o de Espanhol (acho). Nisso eu já devia ter uns 17 anos e já trabalhava, portanto já tinha dinheiro para sustentar meu "vício" kkkk. Pensei. será que o livro é bom? Vou comprar o de Francês. Se for bom eu compro o de Alemão quando for lançado. Foi exatamente neste dia que de certa forma meu projeto de imigração começou. Fiquei apaixonado pelo idiomas Francês e comprei todos os livros e da mesma forma que estudei o Inglês, estudei Francês também. 

Mas o tempo passa, a idade impõem algumas novas responsabilidades e eu não pude ter tanta dedicação assim com o tempo. Quando eu tinha uns 22 anos eu já falava muito bem o Inglês e já tinha pelo menos o intermediário avançado do Francês. Mas a falta de tempo e de oportunidade de aprender mais e praticá-lo foi deixando-o cada vez mais enferrujado.

Já dá pra perceber que meu desejo de viver no exterior vem de um bom tempo atrás.  Mas a palavra "imigração" estava muito longe das minhas possibilidades financeiras. Assim eu somente sonhava em um dia "quem sabe", "talvez". 

Resumindo os próximos 10 anos em uma frase, eu me formei em TI, trabalhei na área, aperfeiçoei o Inglês ainda mais, o Francês nem tanto, mas aquela vontade de imigrar sempre passava pela minha cabeça. Sempre vinha aquele pensamento "o que você está fazendo aqui?".

Trabalhei em uma empresa americana muito grande e tinha contato diário com gente do mundo todo, mas nesta época eu trabalhava como um escravo então estes 3 anos nesta empresa eu praticamente nem pensei em imigrar. Na verdade eu estava "virtualmente imigrado" já que falava Inglês 8 horas por dia.

Foi quando em fevereiro de 2013 fui demitido e pintou novamente a vontade de largar tudo e ir embora daqui. Engraçado que após a demissão vários amigos meus me falavam assim: "e ai agora você vai embora do Brasil não é?".  Mas eu não tinha a mínima idéia de por onde começar. Tá, imigrar mas pra onde? Como? Com que dinheiro?  Para simplificar comecei a pensar nos destinos mais óbvios. Estados Unidos? Não. Não quero. Europa? Seria legal. Mas vi que os processos de imigração para lá são bem complicados. Austrália? Pode ser. Procurei então uma consultoria de imigração (Bravo) e o consultor praticamente jogou um balde de água fria nos meus planos. Meu perfil era muito "arriscado" segundo a análise do consultor. Pesquisei  o processo de imigração para Austrália e era insano. Muito complexo para fazer sozinho e com consultoria ficaria muito caro e sem nenhuma garantia.

Depois de mais pesquisa sobre quais destinos eu gostaria de ir que caiu minha ficha. Por que não o Canadá? Afinal, eu falo um pouco de Francês! Pois é, graças ao meu vício de estudar idiomas eu hoje estou participando dessa odisseia chamada imigração.

Neste momento eu estou na etapa de "aguardando a abertura do meu dossiê", que chegou ao BIQ no dia 13 de junho. Estas quase duas semanas de espera tem sido de muita ansiedade. Afinal a contagem de 6500 dossiês está correndo a cada dia e hoje já abriram metade de dossiês da cota deste ano (3127 dossiês). 

Bom tenho muita coisa pra escrever mas melhor parar por aqui, afinal isso já está virando quase um livro.